sábado, 24 de novembro de 2007
Passos incertos em calçados bonitos
Calçadas esburacadas,
Torções, tombos...passos incertos...
Piercing na língua, no tragus, no mamilo direito
Cabelo rocho
Imagem mutante...
imagem de alguém aparentemente segura
Afinal como dizem não é qualquer um... que tem coragem...
Mas afinal isso é coragem?
Não não é preciso coragem para isso tudo...
Coragem é bem mais forte, do que isso apenas
Coragem...
para cada dia continuar a respirar
Coragem...
é seguir em frente, com passos incertos e os pulmões cheios de ar
O ar insiste...
O oxigênio ainda existe.
E o que eu faço com esses restos aqui no chão?
Me diz...
Calçadas esburacadas,
Torções, tombos...passos incertos...
Piercing na língua, no tragus, no mamilo direito
Cabelo rocho
Imagem mutante...
imagem de alguém aparentemente segura
Afinal como dizem não é qualquer um... que tem coragem...
Mas afinal isso é coragem?
Não não é preciso coragem para isso tudo...
Coragem é bem mais forte, do que isso apenas
Coragem...
para cada dia continuar a respirar
Coragem...
é seguir em frente, com passos incertos e os pulmões cheios de ar
O ar insiste...
O oxigênio ainda existe.
E o que eu faço com esses restos aqui no chão?
Me diz...
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Menina, ela mete medo
menina, ela fecha a roda
menina, não tem saída
de cima, de banda ou de lado.
Menina, olhe pra frente
Oh! menina, todo cuidado, não queira dormir no ponto, seguro o jogo, atenção.(De manhã)Menina, a felicidade
é cheia de praça,
é cheia de traça
é cheia de lata
é cheia de graça.
Menina, a felicidade
é cheia de pano
é cheia de peno
é cheia de sino
é cheia de sono
Menina, a felicidade
é cheia de ano
é cheia de Eno
é cheia de hino,
é cheia de ONU.
Menina, a felicidade
é cheia de ané
cheia de ené
cheia de iné
cheia de on
Menina a felicidade
é cheia de aé cheia de e
é cheia de i
é cheia de o
Menina a felicidade
é cheia de a
é cheia de e
é cheia de i
é cheia de o
é cheia de a
é cheia de e
é cheia de i
cheia de a
cheia de e
cheia de i
cheia de o
Tom Zé.
menina, ela fecha a roda
menina, não tem saída
de cima, de banda ou de lado.
Menina, olhe pra frente
Oh! menina, todo cuidado, não queira dormir no ponto, seguro o jogo, atenção.(De manhã)Menina, a felicidade
é cheia de praça,
é cheia de traça
é cheia de lata
é cheia de graça.
Menina, a felicidade
é cheia de pano
é cheia de peno
é cheia de sino
é cheia de sono
Menina, a felicidade
é cheia de ano
é cheia de Eno
é cheia de hino,
é cheia de ONU.
Menina, a felicidade
é cheia de ané
cheia de ené
cheia de iné
cheia de on
Menina a felicidade
é cheia de aé cheia de e
é cheia de i
é cheia de o
Menina a felicidade
é cheia de a
é cheia de e
é cheia de i
é cheia de o
é cheia de a
é cheia de e
é cheia de i
cheia de a
cheia de e
cheia de i
cheia de o
Tom Zé.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Você é um otimista e tem uma forte tendência em confiar na sorte. Isso é bom para você, já que é imprudente, irresponsável, limitado e não possui nenhum talento. Como não tem competência, sempre arruma uma forma de se desculpar de suas burradas na vida. E sempre põe a culpa nos outros. Mas na verdade você que é incompetente mesmo. Você é um teimoso, ambicioso e metidinho. Na verdade, você é um idiota fracassado. Além do mais, seu conceito de ética e moral é limitado. Você é um puxa-saco, galinha e gosta mesmo é de sacanagem. Quando consegue alguma coisa na vida é sempre de forma obscura.
E todos eles se foram...
Eles chegam, se sentem bem, eu os trato bem pois eu também gosto
Mas no final no meio entre latas vazias, sobrou apenas eu
No meio entre cinzas lá estou eu
Dou uma volta na quadra
Volto pra casa, e de lá de longe sei que pensam em mim
Mas eu sempre fico aqui, nem sei bem por onde ir
Não sei se isso tudo aqui é história pra boi durmi
Não sei se é de verdade, apenas sei de mim, sei que o que sou
As vezes o mundo gira, colocando algumas situações novas na nossa vida
Mas isso é tão imbecil, isso tudo que escrevo, seria a "ordem das coisas" e você deve aceitar, se isso lhe cai bem, ou expulsar se isso te encomoda
Não me encomodo, mas sempre sei que no final sobrou apenas eu.
Eles chegam, se sentem bem, eu os trato bem pois eu também gosto
Mas no final no meio entre latas vazias, sobrou apenas eu
No meio entre cinzas lá estou eu
Dou uma volta na quadra
Volto pra casa, e de lá de longe sei que pensam em mim
Mas eu sempre fico aqui, nem sei bem por onde ir
Não sei se isso tudo aqui é história pra boi durmi
Não sei se é de verdade, apenas sei de mim, sei que o que sou
As vezes o mundo gira, colocando algumas situações novas na nossa vida
Mas isso é tão imbecil, isso tudo que escrevo, seria a "ordem das coisas" e você deve aceitar, se isso lhe cai bem, ou expulsar se isso te encomoda
Não me encomodo, mas sempre sei que no final sobrou apenas eu.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Três Machado's
Inocência
Inocência
Promiscuidade
Diversidade
Fogo
Fogo
Fogo
Cabelo comprido
Barba por fazer
Ambos (as)
"Bah, loiro não eras"
"Bah, loiro não eras"
"Bah, loiro não eras"
Sandália
Tênis
Bota
Style
Style
Style
Regata
Pólo
Blusa
Descontentamento
Descontentamento
Descontentamento
Comida
Bebida
Cigarro
Incompleta
Incompleta
Incompleta
Na orelha
No lábio
Na língua
Auto-destruição
Auto-destruição
Auto-destruição
Alegria
Expressão
Força
Sentimental
Sentimental
Sentimental
Excesso de confiança
Intolerância
Radicalismo
Dor
Dor
Dor"
Pede pra ela"
"Afúúan"
"Ei"
"Trabeceiro"
"Trabeceiro"
"Trabeceiro"
Maria Rita
Interpol
Los Hermanos
Traumas
Traumas
Traumas
Letras
Propaganda
Design
Casos pendentes
Casos pendentes
Casos pendentes
Generosi
Silva
Brum.
(By Xixo.)
sábado, 17 de novembro de 2007
Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada, e tiritam, azuis, os astros lá ao longe". O vento da noite gira no céu e canta. Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Eu amei-a e por vezes ela também me amou. Em noites como esta tive-a em meus braços. Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito. Ela amou-me, por vezes eu também a amava. Como não ter amado os seus grandes olhos fixos. Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi. Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela. E o verso cai na alma como no pasto o orvalho. Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la. A noite está estrelada e ela não está comigo. Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. A minha alma não se contenta com havê-la perdido. Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a. O meu coração procura-a, ela não está comigo. A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores. Nós dois, os de então, já não somos os mesmos. Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei. Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos. Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento. Porque em noites como esta tive-a em meus braços, a minha alma não se contenta por havê-la perdido. Embora seja a última dor que ela me causa, e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Pablo Neruda.
Pablo Neruda.
Não te quero senão porque te quero,e de querer-te a não te querer chego,e de esperar-te quando não te espero,passa o meu coração do frio ao fogo.Quero-te só porque a ti te quero,Odeio-te sem fim e odiando te rogo,e a medida do meu amor viajante,é não te ver e amar-te,como um cego.Tal vez consumirá a luz de Janeiro,seu raio cruel meu coração inteiro,roubando-me a chave do sossego,nesta história só eu me morro,e morrerei de amor porque te quero,porque te quero amor,a sangue e fogo.
Pablo Neruda.
Pablo Neruda.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Eu ainda vejo esse sorriso, perdido em fotos, em albuns perdidos
Eu ainda olho e acho lindo esse sorriso
Essa pele branca
Sua boca pequena
Mas ele foi pra longe
Ele agora foge, a boca até treme, talvez quem sabe quase o deixando escapar...ah esse sorriso...e as pernas caminham apressadas, fogem dos passos meus.
que culpa tenho eu?
Ainda admiro, e ainda penso...penso...penso...
Se escapasse, talvez me dirias, esquece tudo...
Se escapasse deixasse ele escapar tu te abririas, novamente em um sorriso, ah quanta bobagem...Deixa tudo pra lá!
Vem esquece o resto...
Ah se tu soubesse...
Eu não busco reconcilhiação, eu não busco amizade eterna...
Eu apenas busco... ah pouco importa a minha busca...
Eu ainda olho e acho lindo esse sorriso
Essa pele branca
Sua boca pequena
Mas ele foi pra longe
Ele agora foge, a boca até treme, talvez quem sabe quase o deixando escapar...ah esse sorriso...e as pernas caminham apressadas, fogem dos passos meus.
que culpa tenho eu?
Ainda admiro, e ainda penso...penso...penso...
Se escapasse, talvez me dirias, esquece tudo...
Se escapasse deixasse ele escapar tu te abririas, novamente em um sorriso, ah quanta bobagem...Deixa tudo pra lá!
Vem esquece o resto...
Ah se tu soubesse...
Eu não busco reconcilhiação, eu não busco amizade eterna...
Eu apenas busco... ah pouco importa a minha busca...
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
O ouro afunda no mar
Madeira.....fica por cima
Ostra nasce do lodo
Gerando pérola fina
...Não queria ser o mar
Me bastava a fonte
Muito menos ser a rosa
Simplesmente o espinho
Não queria ser caminho
Porém o atalho
Muito menos ser a chuva
Apenas o orvalho
...Não queria ser o dia
Só alvorada
Muito menos ser o campo
Me bastava o grão
Não queria ser a vida
Porém o momento
Muito menos ser concerto
Apenas a canção..
Os originais do Samba- O Ouro e a Madeira.
Madeira.....fica por cima
Ostra nasce do lodo
Gerando pérola fina
...Não queria ser o mar
Me bastava a fonte
Muito menos ser a rosa
Simplesmente o espinho
Não queria ser caminho
Porém o atalho
Muito menos ser a chuva
Apenas o orvalho
...Não queria ser o dia
Só alvorada
Muito menos ser o campo
Me bastava o grão
Não queria ser a vida
Porém o momento
Muito menos ser concerto
Apenas a canção..
Os originais do Samba- O Ouro e a Madeira.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.
(Fabrício Carpinejar)
(Fabrício Carpinejar)
sábado, 10 de novembro de 2007
Eu apenas queria uma conversa, isso era exigência demais?
Eu apenas queria não ter que saber o que fazer, ficar com essa sensação de não saber se saía correndo ou se chegava mais perto, poxa isso era tão ruim. Por que ficamos assim, onde isso começou? De quem é a culpa, eu querendo explicar e você não queria explicações. Eu querendo ser justa, mas o justa pra você era tudo isso, isso tudo era justo, amigos em comum, lugares em comum, vidas em comum... Será que não soube entender? Mais eu penso mais do que tentei... mais do que fiz pra entender, não cabia mais em mim. Eu não sou de ferro, ao contrário, sou de carne, sangue e coração. E agora isso tudo vira poeira, esse tudo que eu pensava que pudesse ser bonito, mas você não crê mais no bonito. O que eu havia de fazer, para te ter novamente?
Tudo se perdeu... Eu não te pedia nada mais nada menos do que, o que é isso, o que eu faço?Você me deu um nó, e agora ficou eu e o nó, nos entrelaçamos tão perfeitamente, agora somos um nó, eu sou um nó, desses bem dados que mal consigo caminhar, passos desalinhados, passos sem chão.
Eu apenas queria não ter que saber o que fazer, ficar com essa sensação de não saber se saía correndo ou se chegava mais perto, poxa isso era tão ruim. Por que ficamos assim, onde isso começou? De quem é a culpa, eu querendo explicar e você não queria explicações. Eu querendo ser justa, mas o justa pra você era tudo isso, isso tudo era justo, amigos em comum, lugares em comum, vidas em comum... Será que não soube entender? Mais eu penso mais do que tentei... mais do que fiz pra entender, não cabia mais em mim. Eu não sou de ferro, ao contrário, sou de carne, sangue e coração. E agora isso tudo vira poeira, esse tudo que eu pensava que pudesse ser bonito, mas você não crê mais no bonito. O que eu havia de fazer, para te ter novamente?
Tudo se perdeu... Eu não te pedia nada mais nada menos do que, o que é isso, o que eu faço?Você me deu um nó, e agora ficou eu e o nó, nos entrelaçamos tão perfeitamente, agora somos um nó, eu sou um nó, desses bem dados que mal consigo caminhar, passos desalinhados, passos sem chão.
Acho que ainda não posso amar ninguém mesmo.
Se nem mesmo sequer sei cuidar de plantas...
Todas estam secas assim como eu...
Vejam só meu cactos secou... um cactos que é tão simples de ser cuidado... ele está tão seco e duro como estou me tornando...
Ganhei muitas plantas e todas morreram...
Tive amores e assim como as plantas também morreram
Minha mãe me diz espantada:
- Bah filha outra planta sua que secou!
É mãe acho que dei muito sol pra ela, ou quem sabe muita àgua...nunca sei ao cero a medida das coisas... medida dos sentimentos...
MEDIDAS...
NÃO CONSIGO SER METADE...
Gosto de cozinhar e mesmo assim cozinho sem medidas, não gosto das coisas assim
Medidas. Eu sempre acabo pondo um pouquinho mais do que acho necessário, ou um poquinho menos... enfim. Sou assim na vida real, não sei ser meio magoada, não sei ficar meio triste, não sei amar pela metade, não sei medir as palavras. Sou assim, desse jeito assim, não gosto de meias coisas...
Se nem mesmo sequer sei cuidar de plantas...
Todas estam secas assim como eu...
Vejam só meu cactos secou... um cactos que é tão simples de ser cuidado... ele está tão seco e duro como estou me tornando...
Ganhei muitas plantas e todas morreram...
Tive amores e assim como as plantas também morreram
Minha mãe me diz espantada:
- Bah filha outra planta sua que secou!
É mãe acho que dei muito sol pra ela, ou quem sabe muita àgua...nunca sei ao cero a medida das coisas... medida dos sentimentos...
MEDIDAS...
NÃO CONSIGO SER METADE...
Gosto de cozinhar e mesmo assim cozinho sem medidas, não gosto das coisas assim
Medidas. Eu sempre acabo pondo um pouquinho mais do que acho necessário, ou um poquinho menos... enfim. Sou assim na vida real, não sei ser meio magoada, não sei ficar meio triste, não sei amar pela metade, não sei medir as palavras. Sou assim, desse jeito assim, não gosto de meias coisas...
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
.
"Você sabe que de alguma maneira a coisa esteve ali, bem próxima. Que você podia tê-la tocado. Você poderia tê-la apanhado. No ar, que nem uma fruta. Aí volta o soco. E sem entender, você então pára e pergunta alguma coisa assim: mas de quem foi o erro?
(...)
Você vai perguntar: mas houve o erro? Bem, não sei se a palavra exata é essa, erro. Mas estava ali, tão completamente ali, você me entende? No segundo seguinte, você ia tocá-la, você ia tê-la. Era tão. Tão imediata. Tão agora. Tão já. E não era. Meu Deus, não era. Foi você que errou? Foi você que não soube fazer o movimento correto? O movimento perfeito, tinha que ser um movimento perfeito. Talvez tenha mostrado demasiada ansiedade, eu penso. E a coisa se assustou então. Como se fosse uma coisa madura, à espera de ser colhida. É assim que eu vejo ela, às vezes. Como uma coisa parada, à espera de ser colhida por alguém que é exatamente você.
O erro? Eu dizia, pois é, o erro. Eu penso, se o erro não foi de dentro, mas de fora? Se o erro não foi seu, mas da coisa? Se foi ela quem não soube estar pronta? Que não captou, que não conseguiu captar essa hora exata, perfeita, de estar pronta. Porque assim como o movimento de apanhar deve ser perfeito, deve ser perfeita também a falta de movimento, a aparente falta de movimento do que se deixa apanhar. Você me entende?"
.....
"Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde"
."De repente, sentada no sofá, recordei tristezas, ao lado da mala cheia de defuntos que carrego, meu olfato se aguça. De repente, não mais que de repente, meu olhar se fez cansado, minha tristeza se fez única, igual ao sabor coisas perdidas no tempo, esquecidas, como uma bandeija de morangos mofados"
.....
"Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza".
"Você sabe que de alguma maneira a coisa esteve ali, bem próxima. Que você podia tê-la tocado. Você poderia tê-la apanhado. No ar, que nem uma fruta. Aí volta o soco. E sem entender, você então pára e pergunta alguma coisa assim: mas de quem foi o erro?
(...)
Você vai perguntar: mas houve o erro? Bem, não sei se a palavra exata é essa, erro. Mas estava ali, tão completamente ali, você me entende? No segundo seguinte, você ia tocá-la, você ia tê-la. Era tão. Tão imediata. Tão agora. Tão já. E não era. Meu Deus, não era. Foi você que errou? Foi você que não soube fazer o movimento correto? O movimento perfeito, tinha que ser um movimento perfeito. Talvez tenha mostrado demasiada ansiedade, eu penso. E a coisa se assustou então. Como se fosse uma coisa madura, à espera de ser colhida. É assim que eu vejo ela, às vezes. Como uma coisa parada, à espera de ser colhida por alguém que é exatamente você.
O erro? Eu dizia, pois é, o erro. Eu penso, se o erro não foi de dentro, mas de fora? Se o erro não foi seu, mas da coisa? Se foi ela quem não soube estar pronta? Que não captou, que não conseguiu captar essa hora exata, perfeita, de estar pronta. Porque assim como o movimento de apanhar deve ser perfeito, deve ser perfeita também a falta de movimento, a aparente falta de movimento do que se deixa apanhar. Você me entende?"
.....
"Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde"
."De repente, sentada no sofá, recordei tristezas, ao lado da mala cheia de defuntos que carrego, meu olfato se aguça. De repente, não mais que de repente, meu olhar se fez cansado, minha tristeza se fez única, igual ao sabor coisas perdidas no tempo, esquecidas, como uma bandeija de morangos mofados"
.....
"Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza".
"Oh Deus, como é triste lembrar do bonito que algo ou alguém foram quando esse bonito começa a se deteriorar irremediavelmente"
"Era isso - aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha vida opaca vida com os mesmos olhos atentos que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos"
"Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tempo incapazes de ver uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que recomponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome"
"Há alguns dias, Deus - ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus -, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro. Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer - eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom"
"Mudei, embora continue o mesmo. Sei que você compreende"
"Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada..."
.....
"E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido.
."Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas as coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? dolorido-dolorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender melhor"
"A solidão às vezes é tão nítida como uma companhia. Vou me adequando, vou me amoldando. Nem sempre é horrível, às vezes é até bem mansinha. Mas sinto tão estranhamente que o amor acabou"...
"Era isso - aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha vida opaca vida com os mesmos olhos atentos que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos"
"Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tempo incapazes de ver uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que recomponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome"
"Há alguns dias, Deus - ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus -, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro. Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer - eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom"
"Mudei, embora continue o mesmo. Sei que você compreende"
"Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada..."
.....
"E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido.
."Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas as coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? dolorido-dolorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender melhor"
"A solidão às vezes é tão nítida como uma companhia. Vou me adequando, vou me amoldando. Nem sempre é horrível, às vezes é até bem mansinha. Mas sinto tão estranhamente que o amor acabou"...
"...A gente vai perdendo. Perdendo uma coisa atrás da outra, primeiro, a inocência, tanto fervor. A confiança e a esperança. Os dentes e a paciência, cabelos e casas, dedos e anéis, gentes e pentes – todo um mundo de coisas sumindo no sorvedouro, ô! Meu pai, tantas perdas. Tive alegrias e tive ganhos, quero ser justa porque também ganhei mas hoje ficou sendo o dia da perdição...." (lygia fagundes telles)
Senta aqui que hoje eu quero te falar
Não tem mistério, não, é só teu coração
Que não te deixa amar
Você precisa reagir. Não se entregar assim...
- Como quem nada quer ?
Não há mulher, irmão, que goste desta vida
Ela não quer viver as coisas por você
Me diz, cadê você ai ?E ai, não há sequer um par pra dividir
Senta aqui espera que eu não terminei
Por onde você foi que eu não te vejo mais?
Não há ninguém capaz de ser isto que você quer- Vencer a luta vã e ser o campeão !
Pois se é no não que se descobre de verdade
o que te sobra além das coisas casuais
Me diz se assim está em paz achando que sofrer é amar demais...
Não tem mistério, não, é só teu coração
Que não te deixa amar
Você precisa reagir. Não se entregar assim...
- Como quem nada quer ?
Não há mulher, irmão, que goste desta vida
Ela não quer viver as coisas por você
Me diz, cadê você ai ?E ai, não há sequer um par pra dividir
Senta aqui espera que eu não terminei
Por onde você foi que eu não te vejo mais?
Não há ninguém capaz de ser isto que você quer- Vencer a luta vã e ser o campeão !
Pois se é no não que se descobre de verdade
o que te sobra além das coisas casuais
Me diz se assim está em paz achando que sofrer é amar demais...
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