Me tenho em desculpas
Me tenho em dias infinitos
Me tenho em longos escritos
E isso tudo não me tem levado a nada
Não tenho feito nada! Nada!
Paralisada, patética, ridícula, parei no tempo
Esqueci, me perdi em algum lugar e não voltei, em algum planeta distante fiquei
Volta e meio relembro do que fui
E não exisitiria mais?
Não sei o que me tem acontecido
Não sei aonde tudo vai dar
Sei que sou, hoje em dia nessa cidade esquecida,
apenas uma sombra a vagar
Por entre calçadas a caminhar sozinha
Pisando em folhas secas
E eu me tornei tão seca quanto elas!
O que me tem acontecido?
Aonde fui parar?
Fantasma do própio expectro
Sombra borrada no escuro
Liquefeita
Desfeita
Absorvida
Cuspida
Defecada
Enterrada em solo bruto, virei extrume,
Logo adubo
Voltando a ser o que era
Fazendo crescer
Fortificando
Dando força
Renascendo
Enfim, vivendo
Um dia após o outro
tempo, tempo , tempo...
Que me és dos teus dedos e unhas que me rasgam as lembranças
Porque me fazer assim, viver?
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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